No sistema neuromuscular, o magnésio está presente de maneira participativa na transmissão neuroquímica e na excitabilidade muscular, atuando no controle da atividade elétrica cardíaca, na contração muscular e no funcionamento das células nervosas.
De uma maneira mais simples de explicar, enquanto o cálcio atua como estimulador da contração muscular, o magnésio age no relaxamento do músculo.
Esse micronutriente essencial que, como já mostramos acima, exerce uma grande importância no nosso organismo, participa de muitos processos que afetam a função muscular, como:
– Consumo de oxigênio;
– Produção de energia;
– Equilíbrio de eletrólitos.
A deficiência de magnésio pode resultar em hiperexcitação neuromuscular.
Os principais sintomas neuromusculares de deficiência de magnésio no organismo podem ser:
– Cãibras;
– Fasciculações (espasmos musculares);
– Parestesia (formigamento);
– Letargia (cansaço, fadiga);
– Fraqueza muscular;
– Tremores;
– Ataxia (apatia);
– Nistagmo (movimento involuntário dos
olhos);
– Tetania (contrações musculares intermitentes, acompanhadas de tremores, paralisias e dores musculares);
– Mioclonia (contrações musculares súbitas e involuntárias, especialmente em
mãos e pés);
– Irritabilidade neuromuscular;
– Convulsões.
Magnésio e Atividades Físicas
Quando praticamos alguma atividade, tendemos a aumentar a produção de radicais livres e antioxidantes. É pela
alimentação que fornecemos antioxidantes para o organismo, e o déficit deles na dieta e de substâncias importantes podem resultar em estresse oxidativo. O magnésio é uma dessas substâncias super importantes, pois participa do metabolismo energético, da contração muscular e da regulação dos transportes de íons.
Quando estamos em falta deste mineral, é possível notar um aumento da peroxidação lipídica e a diminuição da atividade
antioxidante. Sendo assim, aumenta a resposta inflamatória no corpo.
No que se trata o desempenho físico, quando há falta deste mineral, podem surgir lesões musculares mais sérias, deixando os músculos mais suscetíveis à infiltração de macrófagos e neutrófilos e também ao rompimento do sarcolema. Quando isso acontece, dificulta a regeneração e pode diminuir o desempenho físico.
Não fornecer quantidade necessária de magnésio ao organismo, aumenta a exigência de oxigênio para concluir exercícios submáximos e pode reduzir a performance em exercícios endurance.
Atletas tendem a ter perdas elevadas de magnésio através da urina e do suor em períodos de treinamento intenso. Por isso, sua necessidade deste mineral pode ser entre 10 e 20% maior do que as recomendações atuais para pessoas sedentárias.)
Por isso, a suplementação pode ser considerada para a melhora da função celular, revertendo um quadro de deficiência