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Bula Sulpan
Princípio Ativo: Sulpirida + Bromazepam
Tenha cuidado, leia a bula, a automedicação pode colocar a sua saúde em risco. Só use medicamentos com orientação médica e/ou farmacêutica.
Para que o Sulpan é indicado?
SULPAN é indicado para o tratamento de pacientes que apresentam sintomas de ansiedade, tensão, excitação, insônia, tristeza, depressão e inibição psicomotora. Mostra-se particularmente útil nas manifestações psicossomáticas (doença do corpo em que a causa principal é de ordem psicológica), como as de natureza gastrintestinais, cardiológicas (inclusive neurose cardíaca) (síndrome clínica caracterizada por palpitação, falta de ar, respiração difícil, reclamações subjetivas de esforço e desconforto, tudo após um esforço físico leve), reumatológicas, geniturinárias, enjoos, dor de cabeça de tensão, asma, etc. Depressões reativas, neuroses (desordens de sentidos e movimentos), alcoolismo, labilidade emocional e afetiva (mudança rápida e imotivada do humor ou estado de ânimo, sempre acompanhada de extraordinária intensidade afetiva) e psicopatologia geriátrica (algumas doenças psiquiátricas no idoso) são condições que respondem bem à terapêutica com SULPAN.
Como devo usar o Sulpan?
Você deve tomar as cápsulas com líquido, por via oral.3 a 4 cápsulas diárias, podendo atingir 6 cápsulas em casos severos. As doses de manutenção situam-se entre 1 e 2 cápsulas. A posologia deve ser ajustada pelo médico conforme a resposta de cada paciente.Não há estudos dos efeitos de SULPAN administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.Interrupção do tratamentoPacientes sob tratamentos prolongados ou com altas doses do produto não devem interromper o seu uso abruptamente. A suspensão do uso do produto antes do período indicado pelo médico pode resultar no insucesso do tratamento.Populações especiaisPacientes com insuficiência renal: a dose de sulpirida deve ser reduzida em casos de insuficiência renal.Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico. Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Como o Sulpan funciona?
SULPAN é composto por sulpirida e bromazepam. O bromazepam age sobre o sistema nervoso central, apresentando atividade ansiolítica (que controla a ansiedade) e tranquilizante. A sulpirida atua como neuroléptico (medicamento para tratamento psiquiátrico ou de doenças mentais), apresentando propriedade antidepressiva, ansiolítica e antiemética (para evitar vômitos e enjoos). A ação combinada das duas substâncias permite utilizar doses menores de cada uma, com potencialização dos seus efeitos terapêuticos e redução das reações adversas.
Quando não devo usar o Sulpan?
SULPAN não deve ser utilizado nos seguintes casos:
- pacientes com hipersensibilidade (alergia ou intolerância) à sulpirida, ao bromazepam ou a qualquer componente da fórmula;
- pacientes com tumor dependente de prolactina (hormônio secretado pela hipófise que estimula a produção de leite e o aumento das mamas), por exemplo, prolactinomas da glândula pituitária (tumor da hipófise que causa secreção excessiva do hormônio prolactina) e câncer de mama;
- pacientes portadores de “miastenia gravis” (doença que acomete os nervos e os músculos);
- pacientes com diagnóstico ou suspeita de feocromocitoma (tumor da medula da glândula suprarrenal);
- amamentação (vide O que devo saber antes de usar este medicamento? – Amamentação);
- utilização concomitante com levodopa ou medicamentos antiparkinsonianos (incluindo ropinirol) (vide O que devo saber antes de usar este medicamento?);
- porfiria aguda (doença metabólica que se manifesta através de problemas na pele e/ou com complicações neurológicas).
O que devo saber antes de usar o Sulpan?
ADVERTÊNCIAS
- A sulpirida pode induzir o prolongamento do intervalo QT (alteração no eletrocardiograma relacionado aos batimentos do coração) (vide Quais os males que este medicamento pode me causar?). Este efeito é conhecido por aumentar o risco de arritmias ventriculares graves (descompasso dos batimentos do coração) como torsades de pointes (tipo de alteração grave nos batimentos cardíacos).
- Antes da administração de SULPAN e, se possível, de acordo com o estado clínico do paciente, recomenda-se monitorização de fatores que podem favorecer a ocorrência dessas arritmias, como por exemplo: bradicardia (frequência cardíaca menor que 55 bpm), desequilíbrio eletrolítico, em particular hipocalemia (redução dos níveis de potássio no sangue), prolongamento congênito do intervalo QT, tratamento concomitante com medicamentos que podem causar bradicardia considerável ( 55 bpm), hipocalemia, condução intracardíaca diminuída ou prolongamento do intervalo QT (vide item Interações Medicamentosas). Acidente Vascular Cerebral (AVC)
- Em estudos clínicos randomizados versus placebo realizados em uma população de pacientes idosos com demência e tratados com fármacos antipsicóticos atípicos foi observado um aumento de 3 vezes no risco da ocorrência de eventos cerebrovasculares. O mecanismo pelo qual ocorre esse aumento não é conhecido. Um aumento no risco com a administração de outros fármacos antipsicóticos ou outras populações de pacientes não pode ser excluído. A sulpirida deve ser usada com cuidado em pacientes com fatores de risco para acidente vascular cerebral (derrame cerebral). Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM)
- Assim como com outros neurolépticos, pode ocorrer Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM), uma complicação potencialmente fatal, caracterizada por elevação anormal da temperatura corporal, rigidez muscular e disfunção relacionada ao sistema nervoso autônomo. Foram observados casos com características atípicas, tais como hipertermia sem rigidez muscular ou hipertonia Informe ao médico caso você tenha febre de origem desconhecida, pois pode ser considerado como um sinal/sintoma precoce de SNM ou como um SNM atípica, neste caso, SULPAN deve ser descontinuado prontamente com supervisão médica.
- Quando o tratamento com neurolépticos é absolutamente necessário e caso você seja portador do mal de Parkinson, informe ao médico, pois neste caso, a sulpirida pode ser utilizada, porém com cuidado.
- Pacientes idosos com psicose relacionada à demência e tratados com medicamentos antipsicóticos apresentam aumento do risco de morte. Embora os casos de óbito em ensaios clínicos com antipsicóticos atípicos sejam variados, a maioria dos óbitos parece ter ocorrido naturalmente por problemas cardiovasculares (exemplo: insuficiência cardíaca, morte súbita) ou infecciosos (exemplo: pneumonia). Estudos observacionais sugerem que, similarmente aos medicamentos antipsicóticos atípicos, o tratamento com medicamentos antipsicóticos convencionais pode aumentar a mortalidade. Não está claro o quanto este achado de mortalidade aumentada pode ser atribuído ao medicamento antipsicótico ao invés de algumas características dos pacientes.
- Casos de tromboembolismo venoso (obstrução da veia por um coágulo de sangue), algumas vezes fatais, foram reportados com medicamentos antipsicóticos. Converse com seu médico caso você apresente fatores de riscos para tromboembolismo, pois neste caso, SULPAN deve ser utilizado com cuidado (vide Quais os males que este medicamento pode me causar?).
- A sulpirida pode aumentar os níveis de prolactina. Portanto, recomenda-se precaução e os pacientes com história ou uma história familiar de câncer de mama devem ser cuidadosamente monitorizados durante o tratamento.
Quais os males que o Sulpan pode me causar?
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento), reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento), reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento), desconhecido (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
- Distúrbios autonômicosCrises hipertensivas (em hipertensos ou portadores de feocromocitomas).
- Distúrbios do sangue e sistema linfático (rede complexa de vasos linfáticos que transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório e compõe o sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores)Incomum: leucopenia (redução dos glóbulos brancos no sangue);Desconhecida: neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue) e agranulocitose (diminuição acentuada na contagem de células brancas do sangue como basófilos, eosinófilos e neutrófilos).
- Distúrbios do sistema imunológicoDesconhecida: reações anafiláticas: urticária (erupção na pele, geralmente de origem alérgica, que causa coceira), dispneia (dificuldade respiratória, falta de ar), hipotensão (pressão baixa), e choque anafilático (reação alérgica grave).
- Distúrbios endócrinosComum: hiperprolactinemia (aumento da concentração do hormônio prolactina que estimula secreção de leite).
- Distúrbios psiquiátricosComum: insônia (dificuldade para dormir).Desconhecida: confusão.
- Distúrbios do sistema nervosoComum: sedação (redução das funções motoras e mentais) ou sonolência, distúrbios extrapiramidais (alterações do movimento como tremores e rigidez muscular) (estes sintomas geralmente são reversíveis após administração de medicamentos antiparkinsonianos), parkinsonismo, tremor, acatisia (inquietação).Incomum: hipertonia (aumento anormal do tônus muscular), discinesia (movimentos involuntários anormais do corpo), distonia (contrações musculares involuntárias).Rara: crises oculógiras (contração dos músculos extraoculares).Desconhecida: síndrome Neuroléptica Maligna (série de sintomas como aumento da temperatura corporal, confusão mental, dificuldade respiratória, entre outros, e que podem surgir devido ao uso de medicamentos neurolépticos), hipocinesia (movimentos diminuídos ou lentos da musculatura), discinesia tardia (movimentos involuntários anormais do corpo) (tem sido reportada, como com todos os neurolépticos, após a administração de neuroléptico por mais de 3 meses. Medicação antiparkinsoniana é ineficaz ou pode induzir o agravamento dos sintomas), convulsão (contrações súbitas e involuntárias dos músculos secundárias a descargas elétricas cerebrais).
- Distúrbios metabólicos e de nutriçãoDesconhecida: hiponatremia (nível baixo de sódio no sangue), síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH).
- Distúrbios cardíacosRara: arritmia ventricular (alteração nos batimentos cardíacos), fibrilação ventricular (arritmia cardíaca caracterizada por disparos elétricos rápidos e extremamente descoordenados no coração), taquicardia ventricular (ritmo cardíaco acelerado).Desconhecida: prolongamento do intervalo QT (alteração observada no eletrocardiograma relacionada aos batimentos do coração), parada cardíaca, torsades de pointes (tipo de alteração grave nos batimentos cardíacos), morte súbita (vide O que devo saber antes de usar este medicamento? – item Advertências).
- Distúrbios vascularesIncomum: hipotensão ortostática (queda súbita da pressão arterial ao ficar em pé).Desconhecida: tromboembolismo venoso (obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo), embolismo pulmonar (presença de um coágulo na artéria pulmonar ou um de seus ramos), trombose venosa profunda (formação ou presença de um coágulo dentro de uma veia) (vide O que devo saber antes de usar este medicamento? – item Advertências), aumento da pressão arterial (vide O que devo saber antes de usar este medicamento? – item Precauções).
- Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinaisDesconhecida: pneumonia aspirativa (principalmente em associação com outros depressores do Sistema Nervoso Central).
- Distúrbios gastrintestinaisComum: constipação.Incomum: hipersecreção salivar (aumento do fluxo salivar).
- Distúrbios hepatobiliaresComum: aumento das enzimas do fígado.Desconhecida: lesão hepatocelular, colestática ou mista (agressão ao fígado).
- Distúrbios da pele e tecidos subcutâneosComum: rash máculo-papular (pequenas lesões vermelhas arredondadas e placas vermelhas no corpo e membros).
- Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conectivoDesconhecida: torcicolo (contrações da musculatura do pescoço que causam movimentos ou posturas anormais da cabeça), trismo (contração dolorosa da musculatura da mandíbula), Rabdomiólise
- Gravidez e condições no puerpério e perinataisDesconhecida: sintomas extrapiramidais, síndrome de abstinência neonatal (vide item Gravidez).
- Distúrbios do sistema reprodutivo e mamaComum: dor nas mamas, galactorreia (produção de leite fora do período pós-parto ou de lactação);Incomum: aumento das mamas, amenorreia (ausência de menstruação), orgasmos anormais, disfunção erétil (impotência sexual);Desconhecida: ginecomastia (aumento das mamas em homens).
- Distúrbios gerais e Condições do local de administraçãoComum: aumento de peso; Sensação de fadiga (cansaço).Desconhecida: aumento da temperatura corporal (febre)
- InvestigaçõesDesconhecida: creatina fosfoquinase sanguínea aumentada
Onde, como e por quanto tempo posso guardar o Sulpan?
Deve-se evitar calor excessivo (temperatura superior a 40ºC), proteger da luz e umidade.Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.Características do medicamentoCápsula dura de gelatina, cor amarelo ouro opaco, com gravação na cor preta, SULPAN, na tampa e nenhuma gravação no corpo, contendo pó fino branco, praticamente inodoro.Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Sulpan?
Caso se esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Superdose - o que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada do Sulpan?
A superdosagem manifesta-se por intensificação dos efeitos do produto: sonolência, estados confusionais, perda da consciência. Podem ainda ocorrer hipotensão grave, arritmias cardíacas, convulsões, depressão, hipotermia (temperatura do corpo mais baixa que o normal), reações extrapiramidais. A experiência em superdosagem com a sulpirida é limitada. Podem ocorrer manifestações discinéticas (movimentos involuntários anormais do corpo) com torcicolo espasmódico, protusão da língua e trismo. Alguns pacientes podem desenvolver manifestações parkinsonianas que podem levar ao coma e até a morte. Desfechos fatais foram relatados principalmente em combinação com outros agentes psicotrópicos. A sulpirida é parcialmente removida com hemodiálise.A superdosagem de bromazepam pode levar a areflexia (ausência de reflexo neurológico), apneia (ausência transitória da respiração espontânea), hipotensão, depressão cardiorrespiratória (diminuição dos batimentos cardíacos e movimentos respiratórios) e coma. Os efeitos de depressão respiratória são mais sérios em pacientes com doença respiratória.O tratamento é sintomático, não existe um antídoto específico. Medidas de suporte devem ser instituídas, bem como supervisão das funções vitais e monitorização cardíaca (risco do prolongamento do intervalo QT e consequente arritmia ventricular) são recomendadas até que o paciente se recupere. Reações extrapiramidais graves podem ser tratadas com medicamentos antiparkinsonianos ou anti-histamínicos por via venosa.Caso ocorram sintomas extrapiramidais severos, devem-se administrar anticolinérgicos.Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Apresentações
Cápsulas 25 mg + 1 mg: embalagem com 20.USO ORAL. USO ADULTO.
Composição
Cada cápsula contém 25 mg de sulpirida e 1 mg de bromazepam. Excipientes: lactose monoidratada, talco, estearato de magnésio e hietelose.
Dizeres legais
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.O ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA.MS 1.8326.0371Farm. Resp.: Mauricio R.MaranteCRF-SP n° 28.847Sanofi Medley Farmacêutica Ltda.Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano - SPCNPJ 10.588.595/0010-92Indústria Brasileira® Marca registradaIB120819Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 12/08/2019.
Quanto custa o Sulpan?
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